No cenário global, a corrida por liderança em tecnologia ganha nova intensidade a cada ano. Países consolidados e emergentes disputam espaços e investimentos, moldando um futuro que impacta diretamente o desenvolvimento econômico e social.
Este artigo explora as potências atuais, as nações em ascensão e as principais tendências que definirão os próximos grandes nomes da inovação mundial.
Segundo o Índice Global de Inovação de 2025, a Suíça ocupa o topo pelo 14º ano consecutivo. Atrás dela, aparecem Suécia, Estados Unidos e Coreia do Sul, refletindo a força de sistemas educacionais robustos e ambientes de negócios propícios ao desenvolvimento tecnológico.
O estudo avaliou 139 economias avaliadas por mais de 80 indicadores, incluindo qualidade da infraestrutura, patentes, capital humano e outputs criativos. Esse conjunto de métricas revela quais países estão melhor preparados para as demandas do século XXI.
Na América Latina, o Chile ultrapassou o Brasil, que agora figura no 52º lugar. Entre as 36 economias de renda média-alta, o Brasil aparece atrás de China, Malásia, Turquia e Tailândia.
O investimento global em IA alcançou US$ 200 bilhões em 2025, demonstrando a importância estratégica dessa tecnologia para governos e corporações.
Os Estados Unidos concentram 50% do poder computacional dedicado à IA, com 39,7 milhões em capacidade e 19,8 mil megawatts de energia. Em seguida, surpreendem os Emirados Árabes Unidos (23,1 milhões) e a Arábia Saudita (7,2 milhões), mostrando um deslocamento do eixo tradicional OCDE.
A China lidera em número de clusters de IA (230), mas enfrenta restrições comerciais que limitam seu desempenho computacional direto.
Países como China, Índia, Turquia e Vietnã avançam rapidamente nos rankings, impulsionados por gastos em P&D e forte crescimento de patentes internacionais.
A ONU destaca ainda nações fora do eixo tradicional, com países emergentes em inovação fora do eixo tradicional surpreendendo pelo dinamismo e ambição.
Essas economias investem em infraestrutura digital, fomentam parcerias público-privadas e desenvolvem programas de capacitação, criando ambientes propícios ao crescimento tecnológico.
Mesmo com modesto crescimento projetado de 2,3% nos investimentos globais em inovação para 2025, o avanço tecnológico não desacelera. Setores-chave marcam o ritmo do progresso mundial.
Além disso, a manutenção de patentes internacionais cresceu 0,5%, liderada pela Coreia do Sul, evidenciando a vitalidade do sistema de propriedade intelectual.
O país apresenta melhor desempenho em outputs (50ª posição) do que em inputs (63ª), indicando eficiência no uso do ecossistema existente, mas lacunas em educação, infraestrutura e financiamento.
As principais empresas brasileiras inovadoras – Petrobras, Vale, Embraer e TOTVS – e universidades como USP, UNICAMP e UFRJ movimentam o cenário, enquanto unicórnios como Quinto Andar, C6 Bank e Nuvemshop demonstram o potencial de startups.
Entender os gargalos e elaborar políticas consistentes é fundamental para Desafios do Brasil para integrar o bloco dos grandes centros de inovação.
Ao olhar para a próxima década, é possível vislumbrar novas potências tecnológicas. Nações como Vietnã, Emirados Árabes Unidos e Ruanda investem em educação STEM, incubadoras de startups e infraestrutura digital.
Empresas globais reavaliam cadeias de suprimentos, buscam mercados emergentes e colaboram com governos em projetos de tecnologia limpa, IA e mobilidade inteligente.
A questão central é como alinhar talento, capital e políticas públicas para gerar ecossistemas de alto impacto. É nessa interseção que surgem os possíveis próximos gigantes e riscos que desafiarão o status quo.
Em um mundo interconectado, trocar conhecimentos e formar parcerias estratégicas será tão importante quanto investir em pesquisa pura. O futuro da inovação dependerá tanto de quem detém o maior orçamento quanto de quem promove a colaboração global.
Este é o momento de observar, aprender e se preparar para um cenário onde múltiplos polos de inovação coexistem, se complementam e, juntos, definem o rumo tecnológico do planeta.
Referências